Analisando friamente a situação da cidade de Itabuna, é nítido que alguns problemas ainda não foram resolvidos pela atual gestão do prefeito Augusto Castro (PSD). Eleito com folga em 2020 ao lado de Enderson Guinho (União Brasil), o gestor havia feito promessas inovadoras e garantido que a cidade mudaria caso assumisse a gestão. Após 1 ano e 3 meses, será que a população concorda que #ItabunaTáDiferente mesmo?
Justiça seja feita, Castro não teve sorte com alguns acontecimentos que, claro, fugiram ao controle de qualquer ser humano, a exemplo da enchente do Rio Cachoeira e os inúmeros transtornos causados por ela. Até mesmo a ornamentação natalina – até então inédita na cidade – foi, literalmente, levada água abaixo e afundou o sonho do “maior natal de todos os tempos”.
Já quando observamos, por exemplo, que, até hoje, o contrato firmado entre a prefeitura e a empresa responsável por operar o transporte público coletivo, é emergencial, fica difícil entender. Durante a campanha, Castro disse que os ônibus eram uma prioridade do governo e chegou a afirmar que seriam um dos primeiros problemas solucionados pela gestão. Por enquanto, o que se vê é a população amargando a falta de estrutura dos veículos, além do descomprometimento e organização da empresa em cumprir os horários e oferecer o mínimo de conforto aos passageiros.
Quando se caminha pelos bairros da periferia, a campeã de reclamações é a Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa). A impressão é que o que já era ruim, ficou ainda pior. Não se sabe se as constantes interrupções no fornecimento de energia elétrica nas estações de captação ou se a falta de planejamento e modernização da empresa são as responsáveis pelo verdadeiro caos na hora do povo ter acesso ao serviço que, diga-se de passagem, não é barato.
Nos bastidores, o que se comenta é que é difícil encontrar o prefeito em terras grapiúnas até mesmo para apresentar os problemas vividos pelos moradores de Itabuna. Com a justificativa de que está sempre fora da cidade em busca de recursos, o prefeito foge à regra de que “o olho do dono é que engorda o gado”. A oposição está de olho e não poupa críticas ao estilo EAD (à distância) de governar do prefeito, mas, se está agradando a população, 2024 é que vai dizer.
Parece que, até então, quem aprovou mesmo a gestão Augusto Castro foi a Câmara de Vereadores. Com 21 ocupantes na Casa Legislativa, não há oposição real ao Poder Executivo. Prova disso é que o presidente da Câmara e correligionário de Augusto, vereador Erasmo Ávila (PSD), foi reeleito para o próximo biênio com unanimidade no início deste mês.
Publicada por: Pr Elias
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