A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) enviou uma carta-convite ao Brasil para dar início ao processo de análise dos requisitos para a entrada do Brasil na entidade, que até pouco tempo atrás era conhecida como um “clube de países ricos“. O governo brasileiro aguardava esse sinal verde desde 2017, quando solicitou o ingresso na OCDE.
Para ser aceito, o país precisa cumprir uma série de condições políticas, econômicas e sociais, e o processo de avaliação pode durar até cinco anos. Mas quais os impactos políticos e econômicos de uma adesão à entidade?
Neste episódio do E Tem Mais, Carol Nogueira apresenta um panorama do processo de entrada do Brasil na OCDE. Para descrever as vantagens e os desafios do possível ingresso do país na entidade, participam deste episódios os analistas da CNN Fernando Nakagawa, que trata dos aspectos econômicos, e Lourival Sant’Anna, que aborda as perspectivas diplomáticas das negociações.
“A aproximação da OCDE não é fundamentada em ideologia ou em ajudar parceiros políticos, o que nós queremos é o aprimoramento das políticas brasileiras, reformas estruturantes e a criação de mais oportunidades para o nosso povo”, disse o ministro da Casa Civil.
Segundo o comunicado oficial do Ministério das Relações Exteriores, a avaliação resultou de intenso trabalho das áreas competentes do governo e foi feita individualmente para cada um dos 230 instrumentos normativos definidos pela Organização para o processo de acessão do Brasil.
“São 230 definidores, exigências, para que o Brasil possa ter acesso. O Brasil já preencheu 108, tem 45 sob aprovação e faltam 77, que seriam os novos. O importante é o momento, é como se fosse um portal que se abre na hora certa para o Brasil avançar”, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Já o ministro Carlos França também comemorou e avaliou que, quando a entrada for concretizada, o Brasil terá acesso “às melhores práticas internacionais”.
“Creio que isso é muito importante porque o adensamento dessas relações com a OCDE vai ajudar para que possamos lidar com nossos gargalos e nossas ineficiências. Nós vamos ter acesso as melhores práticas internacionais”.
A entrega do documento antecede as discussões técnicas no âmbito dos 26 comitês e grupos de trabalho designados pela OCDE para examinar as informações submetidas pelo Brasil e todas aquelas que serão ainda fornecidas ao longo da negociação.
O Conselho Brasil-OCDE entende que a convergência aos padrões da OCDE é parte da estratégia de fortalecimento da inserção internacional do Brasil, aprimoramento de nossas políticas públicas e estímulo a reformas estruturais.
“Eles vão avaliar e concluir que está consistente no nosso trabalho, estamos no caminho certo, portanto estamos deve ter acesso à OCDE. Esse processo levaria uns 2, 3 ou 4 anos, mas nós acreditamos que esse tempo vai ser substancialmente encurtado. O Brasil nunca foi tão respeitado lá fora”, completou Guedes.
Publicada por: Pr Elias
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