Líderes evangélicos programam protestos pelo país caso o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) não defina ainda em novembro uma data para a sabatina ao STF (Supremo Tribunal Federal) do ex-ministro da AGU (Advocacia-Geral da União) André Mendonça.
O indicado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aguarda há três meses a marcação da sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado Federal para poder assumir a cadeira deixada por Marco Aurélio Mello, que se aposentou no dia 12 de julho.
A demora de Alcolumbre em definir a data para a sabatina tem gerado uma crescente insatisfação entre os evangélicos. O ex-ministro da AGU e da Justiça foi escolhido por Bolsonaro, mas teve o aval de lideranças antes de ser indicado oficialmente.
Mendonça era pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília e é a escolha considerada pelo presidente terrivelmente evangélica para o STF e referendada pelas lideranças evangélicas.
Em meio à demora na definição da sabatina e à movimentação de bispos e pastores para convocar protestos, coube ao próprio Mendonça atuar nos últimos dias para acalmar os ânimos e pedir para que eles aguardem uma sinalização de data antes de irem às ruas.
Um importante líder evangélico ouvido pela CNN, em caráter reservado, afirmou que os grupos vão aguardar uma definição de data por Alcolumbre entre esta e a próxima semana. Caso não haja uma decisão até lá, vão bater o martelo a partir de 9 de novembro sobre a possibilidade de dar início a protestos em diferentes cidades.
A ideia é iniciar as manifestações no Amapá, reduto eleitoral de Alcolumbre, e promover posteriomente protestos em Brasília e em São Paulo. Segundo líderes evangélicos, o segmento representa cerca de 40% da população do Amapá.
A analista da CNN Thaís Arbex mostrou nesta terça-feira (26) que Alcolumbre indicou a um grupo de aliados que pretende marcar a sabatina para a última semana do mês de novembro. O senador, porém, ainda não oficializou a data.
Alcolumbre teria tomado a decisão por acreditar ter votos suficientes para a derrota de Mendonça no plenário do Senado.
Mendonça precisa do apoio de 41 dos 81 senadores para garantir a cadeira no STF. Hoje, segundo projeções feitas por Alcolumbre, Mendonça não teria o número mínimo necessário. Aliados de Mendonça calculam que ele tem, atualmente, o apoio de 55 senadores.
Bolsonaro já indicou que, caso o nome de Mendonça não seja aprovado, ele indicará outro nome “terrivelmente evangélico” para o posto.
Publicada por: Pr Elias
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