Poderia ser em Cuba, Venezuela ou Nicarágua, onde manifestantes contra o governo são presos para calar a população. Mas aconteceu no Brasil. Nesta quinta-feira, o plenipotenciário do STF Alexandre de Moraes mandou prender 100 apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
As prisões foram ordenadas dentro de um inquérito aberto há mais de 3 anos que não segue nenhuma regra legal. Não tem fato determinado, os acusados não têm acesso aos autos para se defender, e a PGR, que tem o poder sobre o inquérito, foi ignorada ao pedir seu arquivamento. Ele é obrigatório, quando acontece.
Porém, Moraes ignorou todo o arcabouço legal e continua perseguindo todos os brasileiros que criticam o processo eleitoral ou a Corte, mesmo com a Constituição garantindo esse direito. As ilegalidades de Moraes só continuam porque ele tem a conivência de seus pares no STF e a omissão do Senado, único que pode detê-lo.
A Polícia Federal acatou as ordem ilegal e executou a operação contra os manifestantes, que protestam de forma pacífica e democrática, cumprindo ainda 81 mandados de busca e apreensão contra empresas que ajudam a manter os acampamentos com comida e água. A intenção é esmagar o movimento e calar o cidadão.
A operação foi feita no Acre, Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. Alexandre de Moraes também ordenou o bloqueio de contas e a quebra do sigilo bancário dos investigados, cujos nomes não foram divulgados.
Antes da nova ofensiva autoritária, Moraes já tinha estipulado multa de R$ 100 mil para os brasileiros que participassem de atos que bloqueassem rodovias. Depois mandou apreender mais de 100 caminhões e multar os donos em R$ 20 mil por hora. Em 17 de novembro, bloqueou bens de 43 empresas e pessoas.
Durante a cerimônia de diplomação de Lula, na segunda-feira, Moraes ameaçou prender todo mundo que critique as eleições ou lute pelas liberdades sequestradas por ele. “Ainda tem muita gente para prender e muita para aplicar”, afirmou logo antes de ir a uma festa com Lula e seus advogados.
O deputado federal João Roma, líder da oposição na Bahia, regiu no Twitter. "Estamos assistindo no nosso país um show de horrores orquestrado pelo Supremo Tribunal Federal. O papel de proteger e fazer cumprir a nossa constituição vem sendo deixado de lado em função de um ativismo judicial sem precedentes na história".
"Agora, o ministro Alexandre de Moraes decide bloquear contas de empresários que estão exercendo o direito de se manifestarem livremente. Uma arbitrariedade e autoritarismo que ameaça seriamente a democracia do Brasil", concluiu o parlamentar.
Publicada por: Pr Elias
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